NUMA SIMPLES CONTA DE “DOIS MAIS DOIS” COMO QUE FUNCIONAM OS NEURÔNIOS

Essa maravilhosa peça do corpo humano é a cabeça, e dentro da cabeça fica o cérebro, onde ficam localizados os neurônios, que as vezes nos deixam neuróticos. São células especiais que se comunicam entre si por ondas elétricas (isso quando a CPFL não corta por falta de pagamento). São atraídos por mecanismos parecidos com imãs (de geladeira) com várias agulhas grudadas, semelhante ao agulheiro de dona Célia costureira. E não são poucos. São milhões, bilhões de neurônios (seu eu não perdi a conta). Estes negócios tem a incumbência de dar a noção exata de objetos, fatos cognitivos, pulsações do organismo, e também em cálculos complicados (exceto os de rim).

Por exemplo, Cacilda, moça distinta, virgem do calcanhar pra baixo e inteligente. Quando no cérebro dela, em qualquer momento, vem a conta: quantos são dois mais dois? Parece simples, você pode ter até respondido, mas não é bem simples assim, dentro da cabeça, onde fica o cérebro.

Dois mais dois, simples, mas toda vez que nossos sentidos perceptivos deparam-se com essa conta, os neurônios nesse momento estão reunidos para tentar decifrar mais este mistério. E para esse simples cálculo, a movimentação é grande:

-Ôh, droga! Outra vez? Saco!

-Ei, gente, calma. Somos os neurônios responsáveis pela inteligência.

-Se fôssemos inteligentes estaríamos em Cancun, no Caribe, ou no Havaí. E não aqui dentro dessa cabeça oca.

-Você preferia estar aonde GK 067!? Servindo office boy de uma mucosa intestinal?

-É! Pensando melhor, não seria de todo mal.

-O que foi afinal? Qual o grilo?

-Veio uma pressão exercida por Cacilda quando ela deparou-se com a conta 2+2. A RRX 256, secretária do cérebro, chegou aqui toda afobada com essa tarefa pra nós. Cacilda quer saber quanto é dois mais dois.

-Por que essa cara, XK 234?Estamos aqui reunidos para isso.

-Olha, se alguém me pagar uma cerveja, eu resolvo isso sozinho.

-Ei, parece que está faltando algum neurônio! Somos dezesseis bilhões, parece que está faltando um.

-É o neurônio mineiro, falando nisso, olha ele chegando.

-Onde você estava, o mineiro?

-Fui visitar a minha tia no hospitar, ela operou da versica, aproveitei pra leva um queijo prela. E já aproveitei pra vender um frango meio esfolado que eu tinha lá. Mais, u qui tá contecendo aqui?

-Temos de decidir quanto é dois mais dois.

-É faci. Dois mais dois é cinco.

-Não, mineiro, presta atenção, se você tem duas vacas, mais duas vacas, junta tudo dá quatro. É quatro!

-Mas... E se uma deles der cria!!

-Espera lá, mineiro, e se for bois!? Dois bois mais dois bois, são quatro! Âhn, e agora?

Todos os neurônios ficaram prestando atenção no mineiro, agora estava sem saída. Mas, finalmente, o mineiro respondeu: -Aí no caso é três.

-Por que?

-Ah, onde tem muito boi, um sempre acaba pulando a cerca. Ou sinão o dono tem que vender purque o pasto num dá conta, inda mais nessa seca qui tá.

-Eu acho que é quatro. –ergueu a mão um neurônio no meio dos outros. E um neurônio aqui outro ali foram levantando a mão.

-Ah, eu vou do lado do mineiro, que aliás ele foi o padrinho do meu fio.

-Ah, eu vou do lado de AGK 234.

-Ah, eu vou com o mineiro. Essa da vaca foi boa.

-Ah, eu vou do lado de AGK 234. –era um neurônio gordinho atrás de uma pilha de ossos de frango que tinha comido no jantar. Ele pegou dois pês de frango juntou com mais dois pés de frango e chegou na conclusão que dois mais dois é quatro.

-Eu vou do lado do mineiro que outro dia ele me deu uma goiabada daqui ó.

No final das contas tinha mais neurônios do lado do mineiro, que satisfeito de ter vencido, sentou num toco, abriu os braços para espreguiçar-se e, piscando o olho, concluiu:

-Dois mais dois é quatro memo. Só fiz esse remelexo pra confirmar se os ceis são bão memo no riciocínio.

Leozão Maçaroca
Enviado por Leozão Maçaroca em 27/04/2017
Código do texto: T5982486
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.