O justo e o correto
Fazendo correto e oportuno uso da verba-entretenimento, dous doutos agistrados encontram-se no foyer do luxuoso motel Nuit Parisienne, com as respectivas consortes - só que trocadas...
O primeiro deles, que está de saída, toma a palavra:
Ínclito colega, lamentando o infortuito do encontro, tomo a liberdade de lhe propor o que me parece mais correto: passa-me a minha legítima e, com ela, retorno ao aconchego do lar...
Ao que o segundo, que acabara de chegar, responde:
Com efeito, a proposta de Vossa Excelência é correta. Mas não justa. Afinal Vossência já transitou a coisa em julgado e exarou a sentença, que, conhecedor de vossa probidade, sei que foi dura, porquanto, em meu caso, cabe ainda, sem protelação e sem constrangimento, investir no julgamento...