A CALCINHA

Quando ele chegou à casa daquela madame, como prestador de serviços, ela estava tirando a roupa. Ali mesmo ele parou de respirar e não deu nem mais um passo. Bem a sua frente estava uma bela mulher; de gestos suaves e corpo bem delineado.

A mesma, primeiramente retirou a blusa e, em seguida, se virou suave e delicadamente para tirar a saia. Enquanto isso o serviçal continuava parado, preso, pasmo, dando asas a sua imaginação.

Desse modo, e a proporção em que a madame ia tirando as peças da roupa, ele acompanhava seus gestos com um aguçado olhar. Boquiaberto.

No momento em que ela retirou o sutiã e levou as mãos para a calcinha, o coração daquele varão já estava “a mil por horas”.

Quando, finalmente, a bela e bem delineada senhora retirou a última peça, a sua peça mais íntima – a calcinha do varal – foi que ele caiu no real de seu delírio... Respirou fundo e pigarreou, para dar sinal de presença.

Edmilson N Soares
Enviado por Edmilson N Soares em 31/01/2017
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