Agruras de um corno
O corno tava triste, sentado à mesa do buteco, com um copo de cachaça à frente quando chega o valentão que, na brabeza, toma-lhe o copo e o sorve dilma vez e ainda o provoca:
- Vai reagir, corno feduaputa?
Ao que, cabisbaixo, o homúnculo responde:
- Vô nada, sô. Cê é até muito benvindo. Magina que eu fui po trabaio hoje cedo, bati a moto no camim, ralano pele toda no asfarto, chego na firma pa recebê a nutiça qui tava demitido e vortano pra casa mais cedo incontro a muié na cama co´um vizim, eu corro po bar, disposto a dá um fim na vida, meto veneno no meu copo...