OS ALUNOS COMERAM CANJICA NO RECREIO E...
Hoje era dia de canjica no cardápio da escola pública. Alguns alunos ansiavam pelo recreio, o cheiro da canjica lá da cozinha invadira as salas de aula. Finalmente a sirene do recreio. Foi como se fossem abertas porteiras de currais, libertando o gado faminto. Luizinho advertira Jerominho o gordinho da sala:
-Olha lá, veja se coma só uma vez, senão você começa a peidar na sala e não para mais...
O aviso foi em vão, o moleque comia rapidamente e voltava para o fim da fila. Envolvido em seu agradável mister gastronômico, repetiu por três ou quatro vezes a refeição. Na volta para a sala de aula sua barriga começou a reclamar; Gases, flatos, puns, peidos, ansiavam pela liberdade. O moleque suava frio. Ao contrário do que disse nossa “presidenta” ele provou que pode sim, “estocar vento”. Aliás, o professor Pasquale Cipro Neto afirmou que a grafia “presidenta” é correta. Certo ou errado por eufonia prefiro “presidente”.
Aí começou a verdadeira guerra química: Ele levantava um pouco a bunda e soltava a “bufa”. Um cheiro nauseabundo invadia a pequena e abafada sala de aula. Era uma mistura de carbureto de potássio com enxofre. A professora pediu a quem tivesse fazendo aquilo que fosse ao banheiro. Ninguém se manifestou. E continuava aquele mau cheiro intermitente. A professora reiterou o pedido, em vão. Aí Luizinho que se sentava ao lado do gordinho se manifestou, provando estar por dentro do que acontece em nosso meio político:
-Fessora, já que o criminoso não se delata, eu quero fazer uma delação premiada...
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