O CORVO E A RAPOSA (versão Brasil)
Era uma vez um corvo que saboreava calmamente um pedaço de queijo, pousado em seu galho de árvore preferido, aliás ele era o único corvo que comia queijo, porque a grande maioria se alimenta mesmo é de cadáveres de outros animais, mas em se tratando de corvo brasileiro, realmente tudo é possível e o queijo no mínimo era roubado.
Uma raposa daquelas matreiras e formada em tramóiatologia pela Universidade de certo congresso nacional, ao passar sob a árvore, observou o corvo comendo seu petisco e pensou:
... Humm! Como faço para que esse negão solte esse queijo, já que não sei subir em árvores? Ah! Já sei.
E olhando para cima falou ao pássaro:
- Olá amigo, há muito tempo não ouço seu maravilhoso canto, não sei como consegue ficar calado possuindo tão linda voz, existe até uma cantora famosa que canta mal pra cacete, comanda um bloco de carnaval no Rio e morre de inveja do seu cantar.
O corvo olhava para baixo e pensava:
... Ela está pensando que sou aquele corvo otário do Esopo, que vou ficar orgulhoso, abrir o bico e deixar cair o queijo, mas ela vai se fuder. Na faculdade que ela se formou eu sou professor rererere!
Assim pensando entrou na toca da árvore e com um aceno de asa pediu que ela aguardasse.
A raposa ainda seduzida pelo aroma do queijo obedeceu e permaneceu ali lambendo os beiços e imaginando o que fora fazer a ave.
Pouco tempo depois o corvo voltou com um pedaço de queijo ainda maior que havia armazenado do seu último assalto, depositou sobre o galho, abriu o bico, começou a ensaiar seu canto e com a pata, chutou a fatia, que caiu bem na direção da raposa, que não perdeu tempo em apara-lo com a boca arreganhada e os olhos fechados, mas sentiu um gosto horrível ao engoli-lo.
O corvo havia cagado sobre o pedaço que trouxera e às gargalhadas dizia:
- Se fudeu hein, nêga! Elogiou meu canto de olho no meu queijo e acabou comendo meu côcô kkkk!
Moral da história: Quem puxa saco no presente, pensando em levar vantagem no futuro, acaba comendo merda no escuro.