NA EVIDÊNCIA DO BEM EVIDENTE!
Então, ali no final da consulta, doutor João foi arguido sobre o porquê daquele remédio de nome tão estranho e de uso contínuo:
"doutor, por que tomo há tanto tempo esse remédio aqui?".
E num tom bem animado e didático ele explicou àquela senhorinha de oitenta anos super bem vividos:"é que ele controla sua pressão, melhora seu rim, diminui sua ansiedade e ainda previne arritmias, ou seja, há evidências de que ,eventualmente, pode evitar até uma morte súbita.
E ela nitidamente indignada,argumentou em sua simpática e plena lucidez:
"mas doutor, se eu sempre lhe digo que rezo todo dia para morrer de repente, isso não faz sentido!".
E doutor João ficou ali, pensativo, com a sua evidência mais que descabida àquele seu evidente caso.
Sim, então concluiu: está notoriamente mais que evidente de que nenhuma vida está sujeita a alguma evidência, digamos, tão evidente assim...
Nota: verídico