SANTADA XIII - O SECADOR DE ROUPAS

Na área de serviço do meu apartamento havia um refrigerador, uma máquina de lavar roupas e um tanque, acima do tanque um secador de roupas. A geladeira da cozinha queimou, também estava com quase 30 anos e algumas “plásticas”. Doei a quem recolhe ferro velho. O refrigerador da área de serviço veio para seu lugar após dez anos sem uso (só funcionou um ano e meio), de forma que ficou um vão livre para mais um secador de roupas, imediatamente instalado.

Eu costumo pendurar a toalha de banho em qualquer secador, mas estou mais acostumado com o antigo, lá instalado há quase trinta anos, nem lembro que existe mais um. É corriqueiro quando a toalha está pendurada no novo, eu ir até o velho baixá-lo para pegar a toalha. E quando penduro no novo, vou até o velho levantá-lo. Ô trapalhada!

Outro dia o secador velho estava lotado, então sem trapalhada pendurei a toalha no novo. Fui até o velho que estava pesado, com roupa molhada, desprendi-o e quando percebi o erro, num gesto de raiva “a La Italia”, dizendo um palavrão em italiano (impublicável), soltei o secador da mão e então veio tudo em minha cabeça. Xinguei mais ainda. Criou um “galo” no cocuruto e eu olhando para a toalha no outro secador, fiquei pensando o que é o hábito. Como ele nos trai. Pensei: “Isso não é uma videocassetada é uma Santada”.

Santo Bronzato em 22/5/2016

SANTO BRONZATO
Enviado por SANTO BRONZATO em 22/05/2016
Reeditado em 22/05/2016
Código do texto: T5643126
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