BALA DE ANIS

BALA DE ANIS

Não gosto, então não procuro o seu sabor,
Não te quero, não apetece o meu humor,
Não abro o seu invólucro...
Permanecerás fechada ao seu próprio conteúdo.
E por tal conta, jamais terei a tua companhia,
Prefiro o gosto da água - insípida - nada por ter.
Jogo-te fora, defenestro-te pela janela,
Jamais te comprarei,
Não adianta... de ti não gostei.

(...)

Calma mulher, por que te parece infeliz?
Detenha-te nas lamúrias.
Guarde suas súplicas...
O que é meu não querer?
Ah, quanta bobagem tu diz,
Refiro-me a bala de anis!