Entre compadres
Compadres, e vizinhos rurais, cada vez mais amiúde vinha o Zeca à propriedade do Joca, pela hora do almoço, à procura de sua fugidia égua.
- Intão, Joca, viu minha égua por aqui não?
- Vi não, Zeca. Purveita, que tá na hora e vem armuçá com eu mais Zefa.
- Quero abusá não, cumpádi, mai já qui ocê insiste...
E assim corriam os dias. E neca da égua ser achada, ou de deixar de fugir.
Até que um dia, chateado com tanta visitação, ao ver o Zeca apontar na porteira, e vir com a mesma pergunta de sempre, o Joca não hesitou, ouvindo ambos aquele exato momento em que Zefa botava água no arroz pra cozinhar, aquele tccchhh, Joca então falou:
- Ué Zeca, cê num há de crê que ela tá lá na cuzinha? Cê num iscutô ela rinchá, feito eu?