Um erro de classificação taxonômica

No ano de 2016, a direção geral do IFPB Campus Sousa recebeu um ofício de uma entidade pública de São Gonçalo solicitando a disponibilização de um trator para a realização de um trabalho de limpeza no seu terreno. Para tanto, alega a prevenção de uma possível praga de insetos, como: “cobras e escorpiões”.

Deste modo, ainda não devidamente reestabelecida com o fatídico rebaixamento de Plutão, a sociedade agora é surpreendida com o aviltamento de cobras e escorpiões, dois monstros sagrados da mitologia, da astrologia, da indústria cinematográfica, da fauna e da botânica mundial.

O mundo está às voltas com uma nova e irrestrita classificação taxonômica. Todo o conhecimento produzido pela humanidade em milênios de histórias e bilhões de anos de existência do universo está em risco.

Os novos estudos acadêmico-científicos relevam cobras e escorpiões a rés categoria de “insetos”, enquadrando-os no mesmo nível dos invertebrados com exoesqueleto quitinoso, em igual patente de moscas, traças, besouros, mosquitos, etc...

Instituições deverão rever os seus papeis, para se adaptar à nova realidade, a exemplo do IBAMA, Instituto Chico Mendes, Greenpeace, ONU, OMS... A população mundial deve modificar o seu estilo de vida. O universo não será o mesmo. O futuro é incerto...

Pelo exposto, conclui-se que algumas perguntas ficarão sem respostas por algum tempo. Onde estava Darwin que não previu esta evolução? As anacondas, sucuris, jiboias, escorpiões aceitarão passivamente esta ignomínia? Hollywood continuará com as mega produções, agora com os insetos “Anaconda” e “Escorpião rei”? O que seria destes neocientistas, caso se encontrassem com uma indignada cascavel, uma revoltada naja ou uma zangada mambanegra?

Josemar Alves
Enviado por Josemar Alves em 15/03/2016
Reeditado em 02/11/2020
Código do texto: T5574158
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