O VELHO CAIPIRA SURDO E OS DOIS MOLEQUES

Na fazenda Olhos d’água moravam dois rapazinhos moleques terríveis, viviam aprontando traquinagens. Morava também um peão já com quase oitenta anos, meio surdo, que, apesar da idade trabalhava mais do que muitos jovens.

Certa vez a mando do patrão, foram os três a uma fazenda vizinha ajuntar estrume de gado para adubar uma capineira recém plantada. Ao término do dia, após ajuntarem uma montanha de estrume, para posteriormente voltarem com carroças para o transporte, voltaram para casa. Foram e voltaram a pé, a fazenda ficava perto. Voltavam com as ferramentas no ombro: pás, enxadas, rodos, etc. Firmino o mais velho ia sozinho a frente e os dois moleques iam atrás contando patranhas.

Em dado momento chegando perto de um pequeno córrego, Firmino disse aos rapazes:

-Oceis pode i rompeno, que eu vô naquela moita dá uma borrada...

Dito e feito, entrou em uma moita olhou bem o terreno arriou as calças e agachou-se para “soltar o barro”.

Um dos moleques resolveu aprontar uma marotagem: fez sinal ao colega para não fazer barulho e foi pé ante pé em direção à moita onde estava Firmino. Chegou por trás dele, silencioso como um gato, o coitado também era meio surdo... O moleque pegou uma pá e levou-a por baixo das nádegas do velho e recolheu toda aquela imundice... Tampando o nariz, jogou as fezes no mato e lavou rapidamente a ferramenta no córrego. Firmino já havia acabado o “serviço” e se limpara com um monte de palha de milho. Os moleques olhando sem serem vistos. Firmino já havia vestido as calças e apertado o cinto. Olhou de lado para não pisar no “monte” assustado olhou, procurou, procurou e nada de achar o “produto”. Andou em roda, olhou, olhou, desafivelou o cinto desceu as calças, olhou dentro como não achou nada, coçou a cabeça, olhou dentro das botinas... Os moleques quase estouravam de tanto segurar o riso....

O coitado voltou para casa com a pulga atrás da orelha... Deve ter pensando que seu cocô foi parar em outra dimensão...

HERCULANO VANDERLI DE SOUSA
Enviado por HERCULANO VANDERLI DE SOUSA em 14/03/2016
Código do texto: T5573107
Classificação de conteúdo: seguro