UMA COMÉDIA (OU SERIA TRAGÉDIA? ) KAFKIANA

Uma manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Dilma Rousseff deu por si na cama transformada em algo estranho. Muito estranho, por sinal. Deduziu que ainda estava sonhando, mas para sua decepção estava mesmo acordada. Estava deitada em decúbito dorsal . Levantou a cabeça e viu perplexa seu ventre agigantado, mais que o normal, dividido em seguimentos asquerosos recobertos de minúsculos pelos escuros e várias manchas brancas. As inúmeras pernas que eram miseravelmente finas se comparadas com o resto do corpo e que também tinham pintas brancas, agitavam-se freneticamente diante de seus olhos. Ficou bastante assustada e pensou em chamar por alguém , porém, além de não sair som nenhum de seus lábios havia um enorme e finíssimo tubo em lugar da boca. Sua cabeça doía. Era a única parte do corpo que havia se contraído ao mesmo tempo que cedia espaço aos grandes olhos. Uma sensação de formigamento nas costas a fez perceber que tinha um par de asas translúcidas inquietas para alçar voo. Todos esses elementos reunidos em seu corpo não deixavam dúvidas : Dilma Rousseau havia se transformado em um grotesco inseto. Uma “mosquita” da dengue, pra ser exato.

- Que droga essa agora!- pensou ela (pelo menos agora ela conseguia pensar) - Como que isso veio me acontecer logo hoje que tenho reunião marcada com aqueles parasitas dos meus ministros! Bom, pelo menos assim vou poder aproveitar pra fazer uma visitinha cordial ao Cunha no final da tarde.

al morris
Enviado por al morris em 19/02/2016
Reeditado em 19/02/2016
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