Lavando as minhas cuecas e meias

Com todo cuidado coloquei tudo em um “baldinho”

Acho que é assim que se fala quando se mora sozinho

Sou um homem pobre, mas sou limpinho

Tentando viver uma vida feliz, sendo professorzinho

Olhei algumas para ver se estavam em estado normal

Sem furos, o elástico, manchas e nem os etc. e tal

Apesar de não ser rico consegui comprar todas da marca “MASH”

E para não me endividar, paguei todas à vista, "in cash"

Mulher paga muito dinheiro para deixar lindos os cabelos

A gente tenta usar a mesma marca de cuecas dos modelos

Vai que cola!

Mas o meu amigo caipira é muito engraçado

Um dia reclamou e eu me desatei a rir abismado

Ele me contou que se separou da esposa

Porque ela era esperta como uma raposa

“Poxa” disse ele – "a gente lava as carcinhas dela e sente tesão

As nossas cuecas, quando lavam, reclamam do trabaião"

Foi embora,então, para o interior, foi morar na roça

E ainda reclamou: “Nóis cheira as dela, mas ela não cheira as nossa”

Mas “vortando” pras minhas cueca:

Ah sinhô, como odeio lavar roupa, prefiro fazer panqueca!

Mas deixei tudo no baldinho e não esperei lá em pé

Ficar em pé é coisa de homem quando faz xixi ou passa café

Depois de lavadinhas, pendurei todas elas no varal

Antes que caísse aquela chuva com temporal

E não é que caiu a chuva forte, choveu torrencialmente?

E lá fui eu lavar tudo novamente!

Xiiii que coisa mais feia,

Esqueci de contar das meia!

Fica para outra vez!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 17/01/2016
Reeditado em 31/01/2016
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