COM DESCULPA DE SONAMBULISMO GENRO PROVOCA SOGRA E LEVA CHINELADAS
Deusalina Orostro ficou indignada e partiu pra ignorância contra o seu genro. Policiais militares Barbosa e Pena compareceram até a residência da dita cuja que fica na rua do Lambari, 256, no Bairro do Marimbondo pra evitar que o pior acontecesse.
A natureza do ocorrido foi perturbação de sossego íntimo. Tudo teve início quando dona Deusalina estava deitada no sofá e o seu genro, Anastácio Florindo, passando-se por sonâmbulo começou a abusar da paciência da sogra.
Igual um sonâmbulo, Anastácio, saía do quarto, ia até o sofá, onde a sogra, deitada, descansava, e com os dedos, deu um peteleco na orelha dela.
Dona Deusalina na mesma da hora ia revidar, mas impedida pela filha, com o argumento de que não se pode acordar um sonâmbulo, pois ele morreria.
Outra vez, depois de primeira, Anastácio voltou para o quarto e ressurgiu, como um sonâmbulo, foi até o sofá da sogra e outro peteleco na orelha dela. Novamente repelida pela filha de tomar uma posição mais drástica quanto àquilo.
E se seguiram outras vezes. E para somar a sexta vez, Don Deusalina não suportou. “Que sonambulismo esquisito, esse meu genro só vem dar peteleco em mim... Se fosse sonâmbulo mesmo, também teria de dar uma petelecadas na esposa dele.”
De posse de um chinelo, dona Deusalina partiu pra cima dele. Anastácio teve de se esconder dentro do banheiro para não levar mais chineladas.
Os ânimos foram acalmados e Anastácio prometeu não fazer mais um negócio desses.
Sem falar que a dona Deusalina teve prejuízo, já que o chinelo soltou as tiras e não teve mais conserto.