A CARTA

Marcelo, já quase no fim do expediente, recebeu uma mensagem no celular, era de Cristina, sua esposa, com quem estava casado há dois anos.

Pegou o celular e leu : estou te deixando, nunca mais quero te ver, não me procure porque não vai me achar, o que você fez é imperdoável, deixei uma carta na mesa da sala. Adeus, até nunca mais.

Marcelo ficou desesperado, não estava entendendo nada. Correu para casa, com olhos marejados, pegou a carta , mas não teve coragem de ler.

Desceu e ao sair do elevador encontrou o síndico, lhe disse do ocorrido e pediu-lhe que lesse a carta.

O síndico leu a carta e ficou furioso, dizendo

- Mas você não presta, é um canalha, sai daqui senão dou-lhe uma surra.

Marcelo ficou mais desesperado, saiu pela rua sem direção.

Viu um guarda municipal e pediu-lhe que lesse a carta, pois, não tinha coragem de fazê-lo.

O guarda leu, e esbravejou

- Você merece cair no cacete e ir para cana, suma daqui.

Completamente arrasado, seguiu pela orla da praia. Encontrou um padre e pensou, ele vai me ajudar a entender esta carta. Explicou ao padre o que estava acontecendo, e fosse o que fosse, que lesse para ele.

O padre vendo o desespero de Marcelo, falou

- Está bem meu filho, seja o que for lhe direi.

Neste momento deu um pé de vento muito forte e arrancou a carta das mãos do padre e levou para o mar.

Me perdoem, mas eu também não sei o conteúdo da carta!!!

Mauri Candido
Enviado por Mauri Candido em 11/10/2015
Reeditado em 11/10/2015
Código do texto: T5411479
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