Os pasteizinhos do "nonno"
Os italianos são mesmo adoráveis, pelo espírito descontraído como encaram as situações mais trágicas.
Naquela família italiana o vovô estava imobilizado na cama da sua casa, em estado terminal, prestes a passar para o outro lado.
Os prognósticos médicos eram de que ele não passaria daquele dia. Por isso os familiares mais próximos estavam presentes na casa do “nonno”, a fim de prestar-lhe as últimas homenagens.
Seu neto mais querido, ainda um garoto, estava sozinho junto à sua cama, enquanto os outros familiares estavam espalhados pela casa com afazeres ou conversas.
De repente, enquanto tinha uma última conversa com seu querido netinho, “nonno” sentiu o aroma delicioso, que ele já conhecia tão bem, dos pasteizinhos panzerotti que a “nonna” estava preparando na cozinha. Só pelo cheiro, sua boca salivou.
- “Mio piccolino”, faça um favor para seu “nonno”. Vá até a cozinha, diga à sua “nonna” que eu quero comer um pastelzinho e traga para mim.
O prestativo netinho obedece e vai até a cozinha.
Daí a pouco ele volta de mãos vazias.
- E aí, “piccolino”, cadê o pastelzinho?
- “Nonno”, a “nonna” não quer dar. Disse que os pasteizinhos não são para o senhor, são para as visitas do velório.
(Adaptação feita conforme me lembrei de piada lida há muito tempo num blog, do qual não me recordo o nome)