A REPÓRTER ENXERIDA E A DETENTA BARRAQUEIRA
Se eu fosse repórter não gostaria de entrevistar dois tipos de pessoas: Jogadores de futebol expulsos de campo e pessoas presas pela polícia.
Os repórteres e jornalistas quando levam uma má resposta de um entrevistado, um “coice”, falam que levaram um “toco”.
Certo dia estava em uma lanchonete tomando um cafezinho e assistindo a um noticiário em uma TV enorme, que tinha- Como dizia nosso saudoso humorista Zé Trindade- mais polegadas que a eterna miss Marta Rocha.
Durante uma operação policial, a polícia deteve uma mulher acusada de tráfico de drogas. A mulher estava possessa, para ser contida, teve que ser algemada pelos policiais. Já dentro do camburão, foi abordada por uma repórter que a crivou de perguntas. Ela não respondia, apenas passava olhares de cascavel em jejum prolongado para a repórter. A profissional era daquelas abelhudas, pegajosas e insistentes. A prisioneira não respondia a nenhuma pergunta.
Eu pensava lá com minha xícara:
-Não vai sair nada que preste dessa entrevista...
A repórter já desistindo perguntou:
-Quantos anos você tem?
Ela finalmente respondeu:
-Ânus, eu só tenho um, mas se você quer saber é minha idade, tenho vinte e um.
A repórter por estar ao vivo, ficou desconcertada e encerrou a entrevista.
Comentei com o pessoal que estava na lanchonete:
Essa repórter não levou só um “toco”, levou foi o “pau” inteiro...
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