TRAIÇÃO (CORNADA) À ITALIANA
Numa tarde, quase noite, desta semana.
-Santo, há uma ambulância do SAMU em frente ao “fast food”.
- De que “fast food” você está falando, não há nada por aí.
- Falo do put.....
Onde moro há um tão discreto “rendez vous” que só fui saber de sua existência mais de 20 anos depois e olha que moro há 27 anos, muito próximo de meu condomínio. Não sei há quanto tempo existe, mas me disseram que é antigo. Chegou uma viatura policial, depois outra e logo depois a ambulância do SAMU se foi.
- Nossa, será que morreu alguém? Isso é que é “sinfonia” inacabada (rsrsrsrsrs).
-Amanhã a gente fica sabendo.
E as duas viaturas policiais ficaram por lá umas quatro horas.
Passei no “point” das notícias para por a gazeta em dia e de fato soube da morte de um "cliente" que sofrera um infarto fulminante na hora do “bembão” . A notícia correu como rastilho de pólvora. Todos que falam fazem ar de riso.
Sábado pela manhã eu estava comprando algumas ferragens e alguém rindo chegou a mim e disse:
- Seu Santo, rir da desgraça dos outros não é bom, mas eu soube que o defunto levou uma surra daquelas.
Eu (também rindo) falei: - Me conta isso.
- Então, me disseram que a polícia encontrou um telefone e ligaram. Era um amigo que veio correndo, vendo que já estava morto e não querendo encrenca, ligou para a mulher do falecido. Ela quando viu o cara “in natura” deu-lhe tanta porrada e chutes e dizia:
- Traidor fdp, o que ela tem que eu não tenho? Nojento fdp!
Foi preciso que os policiais a impedissem de bater mais e disseram:
- Chega, não vê que ele está já está morto, não ouve e não sente nada.
Pensei: “Acho que estou assistindo comédia italiana dos anos 1960”. “Tutti a la italiana.” O Belo Antonio, lembram?