"MENU" DA HORA, COXINHA OU EMPADINHA?
DA HISTÓRIA DA CAROCHINHA
I
Um coxinha quando nasce
Se esparrama no fogão
E tão logo ele cresce...
Sonha ser um empadão.
II
Empadinha quando cresce
Logo cheira no fogão
Sonha ser só um coxinha
Pra fritar no PETROLÃO.
III
E assim que o tempo passa
Ambos sempre dão as mãos
O coxinha se disfarça
De empadinha de frangão.
IV
Vice- versa um empadinha
Saboreia só frangão
De barriga bem cheinha
Nem coxinha pro povão.
V
Se o pedaço só piora
Empadinha se socorre...
Chama o mais alto coxinha
Pra saber como ele corre...
VI
Um coxinha que se preza,
Nunca nega a sua mão...
Enche o peito e não apela
Ao empada perdidão!
VII
Já o empada que se preza
Sempre faz só discussão
Chama o povo na plateia
Nunca encontra a solução!
VIII
Se a coisa se complica
Empadinha só disfarça...
Faz discurso exorcista
Pra expulsar toda desgraça.
IX
E se o povo já acorda
Empadinha se assusta
Já prepara outra manobra...
Mas jamais pede desculpas!
X
Se o navio segue afundado
Empadinha não esquenta...
De maestro afinado
Diz que sempre o povo aguenta.
XI
No gourmet dos empadinha
Sempre tem má intenção
Querem fritar os coxinhas
Só pra dar indigestão!
XII
Um empada quando morre
Morre de corrupção
Se um coxinha o socorre...
Bota a mão na usurpação.
XIII
Se ocorrer o contrário
Empada ganha eleição
Porque sabe que coxinha
Também é só falação!
XIV
No conto da carochinha
Todos vão na contramão
Empadinha ou coxinha
São " menu" de regressão.
XV
Pela esquerda empadinha
Ou à coxinha de direita
Urge se encontrar a trilha...
Duma união perfeita...
XVI
O cenário tá é danado...
Sentido? o da corrupção:
Com empada ou coxinha...
Mancamos, sem direção.
XVII
Titanic sobrenada
Em tsunami de montão!
A orquestra desencontrada...
Dessarranja nossa canção.
XVIII
Nosso mar não tá pra peixe
Com recheio de empadão!
Tampouco há interesse...
De pescar num marolão.
XIX
Uma Nação quando nasce...
Sonha ser evolução,
Mas enquanto a mão padece,
Tudo fica na ilusão...
XX
Quando a mão é descuidada...
Ninguém cuida da Nação
E o futuro quando morre
Põe a mão no coração.
OBS: Tristemente hilariante