CONSCIÊNCIA INFANTIL!

Como sempre, quando me encontro sozinho me bate uma tremenda de uma saudade do meu passado, obviamente tal fato voltou ocorrer a partir de ONTEM, quando me vi só, haja vista TODA minha família haver embarcado para uma viagem internacional na noite de sexta-feira, onde ficarão por 12 dias!

HOJE, como por vezes faço quando o tempo me permite, assisti programa especial na TV CULTURA que está cobrindo o passamento aos 90 anos, no dia 09 de Março último, da excelente (pelo menos para mim...) artista nacional INEZITA BARROSO. Fez parte de minha adolescência a música Marvada Pinga, que segundo o que consta na Wikipédia, a enciclopédia livre, foi composta em 1937 (Dez anos antes do meu ingresso nesta vida...) e conforme o que ‘capturei’ por lá: "A Marvada Pinga, chamada originalmente de Festança no Tietê e conhecida ainda como Moda da Pinga, é uma composição de Ochelsis Laureano que foi gravada por Raul Torres no ano de 1937. ". A música foi veiculado no programa especial na voz da INEZITA BARROSO! Emendei com o programa SR BRASIL, comandado pelo, também para mim, excepcional Rolando Boldrin. Além de apresentar excepcionais atrações em seu programa, o SR BRASIL como já é conhecido o artista, conta causos pitorescos SEMPRE enveredando, assim diz ele, em episódios fáticos presenciados em sua vida.

Após a apresentação de um excelente artista, Roberto Seresteiro, da cidade de Piracicaba-SP, que interpretou no encerramento de sua apresentação, a música PROFESSORA, composição de Benedito Lacerda e Jorge Faraj, Rolando Boldrin disse que a música o fez lembrar de um causo ocorrido em sua cidade. Contou que havia uma escola, onde a criançada, cuja idade variava entre crianças com menos de sete (7) anos e algumas com mais de 10, recebia os primeiros ensinamentos, com especial ênfase em recepcionar o be a ba... Seguiu dizendo que havia um garoto que representava ‘os maiózinhos’ que detinha todas as características do perfeito interiorano. As crianças, como um todo, ficavam ‘aprontando todas’ antes da chegada da professora, que vinha de outra cidade para ensiná-los. Ficavam cutucando-se, corriam de um lado para outro pela sala, escreviam com o pouco que já sabiam algumas palavras de baixo calão que conseguiam e alguns até ficavam degustando algo que traziam para a hora da merenda!

Estavam neste verdadeiro auê quando parou na porta uma charrete e dela desceu a professora. Ai foi um corre-corre dentro da sala para colocar tudo em ordem antes da professora por lá adentrar. Foi um tal de apagarem o que haviam escrito no quadro-negro e após sentarem-se como anjinhos em seus corretos locais...

A professora, garbosamente, em posse de alguns livros que carregava em um dos braços e a indefectível bolsa feminina no outro, adentrou e foi cumprimentando a turma. Deu alguns passos e pisou em uma casca de banana que um dos anjinhos, na pressa de colocar-se em ordem, havia deixado cair no chão!

Com livros voando para um lado, a bolsa para outro, a professora caiu de costas, com as pernas para o alto, deixando à mostra tudo o que a saia escondia.

Como nada sofreu de mais grave, levantou-se rapidamente em meio as risadas gerais dos pimpolhos. Postou-se em frente à turma, encarou seriamente o Joãozinho que muito gargalhava e indagou:

--- Tá rindo do quê, menino?

Em sua inocência e sinceridade de criança, Joãozinho foi logo respondendo:

--- Eu vi o joelho da fessora!

A professora ralhando disse:

--- Pode ir para casa. Você esta suspenso por 2 dias!

Joãozinho, ressabiado, levantou-se e saiu da sala.

A professora encarou Zezinho e também indagou:

--- E você! Está sorrindo porquê?

Também, inocente e sincero como era, Zezinho respondeu ‘de pronto’:

--- Eu vi a coxa da fessora!

A professora, ruborizada, disse asperamente:

--- Você também pode sair! Está suspenso por uma semana!

Quando estava se preparando para questionar um próximo, viu que o garoto ‘maiózinho’ já havia levantado, colocado tudo dentro de sua bolsa e estava se dirigindo para a porta de saída.

A professora disse:

--- Espera aí, Pedrinho. O que aconteceu?

Inocente e sincero, Pedrinho foi logo respondendo:

--- Fessora! Estou indo... Acho que vou ser expulso...