A prosa engraçada de dois caipiras José e João (mudança da linguagem)
- O compadi, senta aqui pra nois prosea.
- Opa! Cheguei compadi amigo.
- Mais me diz José, o que te aflige pobre
home de Deus?
- Bom meu amigo de velha jornada, a tristeza bateu
no meu coração.
- Lembra da Josefina compadi João?
- Oxi! Claro que sim.
- Mais o que aconteceu? A pobre morreu?
- Oxi home sem juízo, claro que não! Foi
coisa pio que isso.
- Ave Maria vale me Deus! Pio que a morte!
- Cruis credo! Mais desembucha logo vá!
- Namorei 2 anos e 7 meses a Josefina.
- E não é que ela me largo?
- Você acredita, troco este homem humilde
aqui, por um fazendeiro rico, cheio do dinhero?
- O homem tem tanto boi, mais tanto boi, que
os bixinhos tá que chega a fica tudo exprimido os coitado!
- Acredito, claro compadi José!
- Mais também, ocê nem dava confiança pra
pobre coitada, vai indo a mulher cança.
- Mulher precisa de carinho, atenção.
- Oxi! Eu achei que o amigo tava do meu lado.
- Ela deve que tá passando ciúmes em mim, só pode.
- So teu amigo compadi José, mais vê se encherga mió
filho de Deus, ocê é muito feio, e pra piora, é pobre.
A Josefina tá é apaixonada pelos boi, a fazenda e o dinhero
dele, isso sim! E se ele é feio também, já num sei não.
- É, ocê deve te razão memo! Não tenho onde cair morto.
- Mais vamo dexa isso pra lá e muda o rumo
dessa prosa.
- Tá certinho amigo!
- Mais sabe compadi João?
- Fale, diga.
- Um dia fico rico também, e troco minha casinha
por um harém. Hi! Hi! Hi!
- Aqui o sistema é bruto!
- Oxi!
Luciana Bianchini