COLOCA NA BALANÇA

Ah! Eu sei que tá na moda.

Ter corpo esguio, estar em forma.

Então me empanturro de cremes no abdômen

Corro uma São Silvestre por dia

Só pra resolver as tarefas da rotina,

Vou somando resultados

Mais quando chega um sábado, um feriado.

As “gordices me perseguem”,

Pizzas... Desce uma, desce mais...

Esqueço a postura, a grossura da cintura,

Do que me sobra em saliência na bunda,

Por gentileza, não confunda, sem ofensa,

Aos mais cheios de si mesmo, de verdade.

Meu desejo era comer sem culpa, sem piedade,

Desde frutas diversas as mais pecadoras guloseimas

Eu até gosto da comilança, o problema.

É a balança que me acusa, não quero ter,

Mais pesada que minha pança, a consciência.

Mais é só hoje, que de gordura estou saturada,

O negocio e deitar e rolar nas próprias gramas

Nada de entrar numa crise, depressão profunda.

A velha dieta sempre recomeça na segunda

Anna Lima
Enviado por Anna Lima em 18/05/2015
Reeditado em 03/09/2015
Código do texto: T5245916
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