Me permitindo sair um pouco do gênero Poesia:
 
Atividade paralela
 
Em um dia de trabalho num restaurante movimentado...
- Oi, moço. Já foi atendido?
- Não.
- Gostaria de olhar nosso cardápio? Temos várias opções de almoço.
- Pode ser... Não sei o que estou com vontade de comer...
- Já trago pra você; espere um minutinho. Ah, meu nome é Márcia, qualquer coisa é só chamar.
- Certo.
- Se quiser escolher a mesa, fique à vontade.
- Tá.
Chegando na cozinha, a garçonete entabula uma conversa com a colega:
- Nossa, Adriana, aquele cara que entrou por último...
- O que é que tem ele?
- Ai, sei lá, tá me olhando de um jeito...
- É mesmo?
- É.
- Aproveita então, afinal, ele é boa pinta.
- Mas o que você quer que eu faça, se o patrão não tira o olho da gente, e tá sempre repetindo que não permite intimidades com os clientes...
- Bem, dá pra pegar um guardanapo, escrever nele um bilhete e entregar "na moita".
- É, até que é uma boa ideia.
- E aí? Já está perdendo tempo.
- É mesmo.
Nem um minuto depois, Márcia volta cabisbaixa:
- Foi embora...
- É, colega, minha mãe tava certa...
- Como assim?
- Ela sempre diz que pra conquistar um homem, a primeira coisa é não deixá-lo passar fome.
- Falhei muito, cedo, né?
- É.
Mas hoje ainda entrarão muitos bonitões pra serem atendidos por você. Como o bilhete já está escrito, da próxima vez não vai ter erro!
- Sim... É uma grande chance de eu sair do time das solteiras. Vou fazer mais uma dúzia desses bilhetinhos, só pra garantir que algum bonitão me leve a sério como eu mereço.
- Isso aí, Márcia!
- Olha ali, lá vem mais um...
Alex Tartarelli
Enviado por Alex Tartarelli em 14/05/2015
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