SINTO MUITO... MAMÃE
Mamãe, mamãe, mamãe
Mulher honrada e querida
Repudiava a maldade
Exemplos dava-me à vida
Mamãe, mamãe, mamãe
Ensinaste-me a honestidade
Alertaste-me fugir da mentira
Mais dura fosse a verdade
Mamãe, mamãe, mamãe
A ninguém deveria enganar
Louvar o suor que se transpira
Cansado de tanto trabalhar
Minha querida, mamãe
Se no leito de morte prometi
Os teus preceitos seguir
Passado o luto tudo esqueci
Afinal, qual a graça, mamãe?
Agradecer aos céus nossa pobreza?
Quero luxo, boa comida à mesa
Champanhe... mulheres pra me divertir
E quer saber mais, mamãe?
Para a política entrei
Todo tipo de sacanagem eu sei
Daquelas impossíveis de remitir
Num “Filho da puta” me transformei
Sinto muito, mamãe!