Clube do Frufru
– Alô! Aqui é Ciberval, às ordens.
Do outro lado, ciciou uma voz “estranha”:
– Oi, Cici. Você está boa, menina?
– O quê?? Não estou entendendo.
– Aqui é a Gisele, do Clube do Frufu. Seu nome foi indicado para fazer parte da associação. Você pode vir à reunião hoje à noitchii? Ah! Esqueci: como é mesmo seu nome de guerra?
– Nome de guerra é o cacete. Tá me estranhando, dondoca louca? Sou muito macho, empresário, chefe de família...
– Sei...sei...durante o djiia. Todas dizem a mesma coisa. Mas me contaram que à noite você arrasa no beco. Olha, traga seu beibidol, vai ter mostra de sensualidadjii.
– Pombas, só me faltava essa. Uma bichona doida me liga de manhã pra convidar prum tal de clube do Chuchu...
– Frufru! Faça o favor...não distorça as coisas.
– Frufru, chuchu, tudo é a mesma m... Tudo rima com...
– Stop! Não fale mais nada. Não diga coisas inconvenientes. Nossa associação é refinada, chiquérrima. Não suportamos baixaria. Cruz-credo! Que coisa de veadinho mambembe!
– Veadinho mambembe é a vó!
– Ah, desculpe, viu, santa? Não queria lhe ofender. Te levanta no salto, boba. Pega teu melhor “langerri” e vem pra cá à noite. Vai ser ótchiimo. Se quiser, pode trazer seu namoradinho.
– Só quero saber uma coisa: quem foi o sacana que deu meu telefone pra vocês? Quero pegar esse desgraçado!
– Não esquenta não, poderosa. Não podemos dar essa informação. Tudo aqui é confidencial. Seu fone está cadastrado com louvor: 3433-0000 (nota do autor: infelizmente, não podemos divulgar nesta crônica o número original).
– Pera aí: meu número não é esse. Aqui é 3455.
– É mesmo? Não faz mal, santa. Estamos abertos a todos. Quando sentir necessidade de se assumir, venha aqui com a gentchii.