JOGADOR PAULO BORGES CONTRATADO PELO VASCO DO ESTADO DE SERGIPE

-Paulo Borges, no Vasco?

-Sim!

-No Vasco do Rio de Janeiro?

-Não. No Vasco do Estado de Sergipe.

- Em Sergipe tem Vasco Também?

-Tem e contratou o renomado jogador Paulo Borges.

-Aquele que foi campeão pelo Bangu e foi artilheiro do campeonato carioca em 1966?

-Sim.

-Aquele que o torcedor do Corinthians apelidou de “Risadinha”?

-Sim.

Aquele que jogou na Seleção do Brasil e já foi considerado o melhor Ponta-direita das Américas?

-Sim.

-Aquele que acabou com um tabu que o time do Santos mantinha durante 22 anos em cima do Corinthians?

-Sim.

Numa transição futebolística até hoje comentada em Sergipe, o Vasco conseguiu o empréstimo de “Risadinha” ao Corinthians. Na sua chegada o jogador teve uma apoteótica recepção com direito a banda de música e até “vasquetes”(meninas de shorts curtos e camisas do time que dançavam ao seu redor). Os dirigentes vascaínos sorridentes não paravam de gabar a grande contratação.

-Agora o Vasco vai se tornar um time de repercussão nacional com Paulo Borges atuando em nosso clube. Dizia garbosamente Fagundes.

-Agora o Vasco vai arrebentar. Salientava Garcez outro dirigente fã do grande jogador.

-O Vasco vai ter a potência futebolística parecida com a do Vasco do Rio. Argumentava Alceuá Gonçalves (Presidente do Clube).

Com a chegada do “Risadinha”, muitos pais correram até os cartórios para batizar seus filhos de Paulo Borges. A imprensa local enlouquecida escrevia sobre a nova aquisição vascaína e salientava que o jogador daria uma grande contribuição para o crescimento do futebol sergipana. Gilson Rollemberg, jornalista gabaritado em Sergipe teve o prazer de entrevistá-lo. Nas respostas Paulo Borges dizia que veio para Sergipe ser campeão e mostrar que o seu futebol ainda estava em alta. Quando questionado sobre o salário que ia receber no clube, jogador renomado brincou:

Eu não sei. Eu assinei sem ver o contrato. Não ligo para dinheiro. Só quero mostrar que ainda sou craque.

Questionado sobre a duração do empréstimo Paulo Borges argumentou que o contrato tinha um período de 90 dias.

-Noventa dias? Perguntou perplexo o jornalista Gilson Rollemberg.

Ai o carioca e alegre Paulo Risadinha Borges olhou para o repórter e filosofou:

-Noventa dias para iniciar. Depois, depende da água de Aracaju. Se eu gostar vou ficando.

Aquisição de Paulo Borges não surtiu o efeito desejado para o Vasco, uma vez que o craque jogou poucas partidas e segundo as más línguas, os telefonemas enviados para o Sul do país pelo jogador Paulo Borges, tiveram despesas mais caras que o dito contrato assinado com o clube sergipano.

Reri Barretto
Enviado por Reri Barretto em 12/03/2015
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