Invenções de Professor Pardal
Parodiando Santos Dumont e o Professor Pardal, lanço aqui ideias para que um possível inventor se dedique a desenvolvê-las, e, nem estou cobrando por isso, por enquanto!
Certa vez, há muito tempo, quando estava no Ensino Médio, a professora pediu que criássemos aparelhos com alguma utilidade; eu dei as ideias para o grupo e, uma delas foi aceita: a caneta-lápis-borracha, juntando tudo num produto só, muito mais prático para se carregar. Fiz o desenho e o logotipo, inclusive.
Houve outras ideias incríveis também , de outros alunos, como a enceradeira que solta cera e um manômetro para medir a carga de um botijão de gás. Mas, a minha preferida foi mesmo a marmita elétrica, que criei pensando nos pobres bóias-frias, que eram obrigados a comer o rancho frio, ali mesmo onde trabalhavam; o pessoal riu e não achou viável tal produto.
Algum tempo depois, não é que vejo a minha invenção à venda, não sei se foi criação simultânea, mas alguém teve a genial ideia de juntar uma resistência elétrica que esquenta uma marmita de plástico; não sei se os pobres bóias- frias teriam tomada por perto, mas a intenção valeu.
Pensando na simplicidade como elemento motor da criação, pois, depois de inventarem a roda, é fácil falar que é simples, passemos em revista de aparelhos úteis que poderiam ser mais ainda ,e , evitariam -se acidentes: por exemplo, por que nunca ninguém teve a ideia de colocar um temporizador no ferro de passar; passados 10 minutos em pé, sem uso, desligaria sozinho; quantos e quantos acidentes seriam evitados, além de não se ficar pensando :”será que desliguei o ferro antes de sair?”.
O mesmo se daria com o gás; além de acrescentarem o cheiro (pois gás é inodoro), ele seria cortado depois de um tempo sem tocar nos botões do fogão. Por que não fazer encanamentos embutidos, que com uma simples chave-de-fenda, abririam-se as tampas, e trocaria-se tudo, sem quebra-quebra e aporrinhação? O mesmo se daria com a fiação elétrica; toda ela viria em kits , com instruções para você mesmo montar.
Isso também aconteceria com a maioria dos nossos aparelhos modernos; vejo que nos concentramos demais em alguns, que têm funções que nunca vou usar na vida, como a TV, som , micro-ondas, o que dirá o computador e celular e, nos esquecemos dos outros, tão ou mais essenciais, que podem, sem dúvida, ser aperfeiçoados.
Aquele com o qual mais implico é o guarda-chuva; nunca me dei bem com eles; já perdi muitos e muitos e, nunca foram eficientes, fazendo jus ao ditado: “quem sai na chuva é pra se molhar”. Incrível é que não conseguiram inventar algo melhor que isso, com tanta tecnologia; parece algo pré-histórico ou medieval: uma haste com um pano em cima, que vira, que entorta, que deixa molhar o tênis e os calcanhares ( alô, alô, inventores: uma barra impermeável e um calçado também!).
Quando quiseram inventar, partiram para bobagens, como o guarda-chuva automático , que abre quando não deve e não abre quando deve, principalmente aqueles baratinhos, de camelô. Tive um desses que uma vez soltou a parte superior e saiu voando feito um míssil; sorte que não pegou ninguém. Por que não colocar um motorzinho para cumprir essa função ao invés de usar mola?. Depois, fizeram o guarda-chuva pequeninho, dobrável, que cabe na mala, prático, até a hora das chuvas tropicais, quando ele se prova inútil. Aí você parte para o guarda-chuvão, grandão, bom, até a hora em que para a chuva, aí você fica carregando aquela carabina, espalhando água pra todo lado.
Não vou nem falar daquelas capas de chuva horrorosas, amarelonas, de borracha; você fica parecendo com o homem de Light, depois, na hora de tirar, aquela aguaceira, e, pra dobrar, então?
Frente a tantos contratempos, tcham, tcham, resolvi botar o lado Santos Dumont em prática e ... reinventar o guarda-chuva! Primeiro o nome: quem falou que se guarda a chuva? Onde os lusitanos estavam com cabeça? Muito melhores os castelhanos, que falam para água, que é o que ele deve fazer. Já os italianos e ingleses se referem a outra função: fazer sombra : ombrello e umbrela. Eu então criei “para-chuva”, muito melhor e mais de acordo com a função. E como ele seria ? Poderia ser inflável; você puxaria uma válvula e se abriria como uma barraca, com expansões à frente e atrás, transparentes, para poder enxergar, mas protegendo os pés e as costas da água.Para carregá-lo, haveria uma mochila às costas, como de arqueiro; você pareceria um soldado, carregando um trabuco . Feio? Sim, mas eficiente; não estou pensando em grife, mas em praticidade.
Outro projeto seria ele abrir como essas antenas elétricas de carro, a motor; o problema é se acabar a bateria; a solução seria um painel solar que a carregaria nos dias de sol; ele poderia incluir um carregador de celular e um rádio também.
Aqui estão as ideias: inventores, mãos-à-obra!