A CABOCRA 4 - NAS BUTIQUE
A CABOCRA 4 - NAS BUTIQUES
Minha amiga mi xamô pra ir na rua da Praia,
la no centro. Fais tempo qui eu num ia pruqui
num tenho ropa boa. Ela tanto teimô qui mi visti
e la nos fomo de onibus.
Derrepenti eu tomei um baita susto quando paremo
numa vitrini. Sem queré sortei um grito. Vanceis
num vam acreditá, vi uma saia iguar a qui eu tava
usando, era irmã gemea da minha (que peguei
no lixão) - desbotada, manxada, e todinha rasgada
cás berada desfiada. Agora vem o susto mais grande:
300, 00 pilas, (disem 300 paus - mais pra mim
pau é pau, num xamo o dinhero assim). E logo
enseguida vi uma carça de brim iguar a que tirei
do lixão, tá lá encasa, bem rasgadinha e manxada.
Tô na urtima moda e nem sabia! Pois amanhã
vo madrugá no lixão, pra esperá os caminhão xegá.
Tenho lavado muita ropa no rio coas visinhas,
a gente ri muito e converça, conta causos qui é
uma "barbaridade tchê"! (esta fala aprendi cum o
GURI DE URUGUAINANA).
Até breve
CABOCRA MORENA, vossa amiga.
30/11/14
Nota: ando sem tempo pras rima, porissu fis essa crônica.