Sanidade
Andando na praça e discutindo sobre a força da gravidade e sua influência na queda de uma folha que acabara de cair da árvore à direita, é-lhes estendida a mão que esmola. Passam de largo.
— Ele é doente?
— Não. Ele é são.
— São o quê?
— Ele é são!
— Ahn? Ele é ou eles são? E eles quem?
— Não! São! Saudável!
— Não se diz "não são saudável"; se diz "não é saudável" ou "não são saudáveis".
— Ai! Como você é burro!
— Não, sou sã... argh!
Um aperto em seu peito o leva ao chão, como a folha da árvore sobre a qual filosofavam.