No bloco onde moro, observo um fato curioso.
Nas portas as quais a frente possui um tapete no qual aparece escrito “bem-vindo”, percebo que os donos desses apartamentos são enfezados, carrancudos e nada amigáveis.
Fico sem compreender a situação, pois, se o cidadão é assim, por que escolher um tapete que dá boas-vindas aos visitantes e intrometidos?
Seguindo a lógica, seria natural, encontrando um tapete com o adjetivo “bem-vindo”, ficar à vontade para tocar a campainha do apartamento.
Se eu tivesse sede, eu poderia pedir ao vizinho das boas-vindas um copo de água (com água).
Abusando da boa vontade, ousaria arriscar pedir a garrafa.
Ou, se eu não assino nenhum canal, não seria errado pretender assistir algum programa instrutivo ao lado dele.
Aproveitando tamanha generosidade, aceitaria uma pipoca e um réfri.
Enfim, se eu sou bem-vindo, conforme o tapete garante, eu devo quebrar a formalidade e estreitar os laços com o dono do tapete.
Na vida real e certas vezes paradoxal, porém, as deduções precipitadas frustram bastante os vizinhos e intrometidos.
Os intrometidos, eu preciso esclarecer, são as pessoas que passam e, estimuladas pelo adjetivo do tapete, objetivam provar o imenso carinho daquele o qual lhe dá boas-vindas.
"Ilmar, isso é um absurdo! O adjetivo não justifica incomodar."
Discordo! Eu penso que justifica.
Existem diversos modelos de tapete.
Se a pessoa faz questão de escolher exatamente esse tapete, ela merece ser incomodada para aprender a ser coerente.
Na vida real somos incoerentes demais!
Dizemos que amamos, expressamos desdém e agressividade.
Pegamos dinheiro emprestado, esquecemos de honrar a dívida.
Afirmamos seguir as pegadas de Jesus, mas jamais perdoamos.
Também colocamos, nas nossas portas, um tapete com o adjetivo “bem-vindo”, contudo consideramos um absurdo o vizinho ou intrometido nos solicitar água, combinar assistir o nosso canal pago, esperar a pipoca, aguardar o réfri e desejar tudo mais que a generosidade sugere.
* Na minha porta não tem tapete, todos são bem-vindos, não conheço nenhum Benvindo e, visitando meus vizinhos, sairá decepcionado quem boas-vindas quiser, pois mal-vindo os carrancudos deixarão claro que o ingênuo visitante é.
Um abraço!
Nas portas as quais a frente possui um tapete no qual aparece escrito “bem-vindo”, percebo que os donos desses apartamentos são enfezados, carrancudos e nada amigáveis.
Fico sem compreender a situação, pois, se o cidadão é assim, por que escolher um tapete que dá boas-vindas aos visitantes e intrometidos?
Seguindo a lógica, seria natural, encontrando um tapete com o adjetivo “bem-vindo”, ficar à vontade para tocar a campainha do apartamento.
Se eu tivesse sede, eu poderia pedir ao vizinho das boas-vindas um copo de água (com água).
Abusando da boa vontade, ousaria arriscar pedir a garrafa.
Ou, se eu não assino nenhum canal, não seria errado pretender assistir algum programa instrutivo ao lado dele.
Aproveitando tamanha generosidade, aceitaria uma pipoca e um réfri.
Enfim, se eu sou bem-vindo, conforme o tapete garante, eu devo quebrar a formalidade e estreitar os laços com o dono do tapete.
Na vida real e certas vezes paradoxal, porém, as deduções precipitadas frustram bastante os vizinhos e intrometidos.
Os intrometidos, eu preciso esclarecer, são as pessoas que passam e, estimuladas pelo adjetivo do tapete, objetivam provar o imenso carinho daquele o qual lhe dá boas-vindas.
"Ilmar, isso é um absurdo! O adjetivo não justifica incomodar."
Discordo! Eu penso que justifica.
Existem diversos modelos de tapete.
Se a pessoa faz questão de escolher exatamente esse tapete, ela merece ser incomodada para aprender a ser coerente.
Na vida real somos incoerentes demais!
Dizemos que amamos, expressamos desdém e agressividade.
Pegamos dinheiro emprestado, esquecemos de honrar a dívida.
Afirmamos seguir as pegadas de Jesus, mas jamais perdoamos.
Também colocamos, nas nossas portas, um tapete com o adjetivo “bem-vindo”, contudo consideramos um absurdo o vizinho ou intrometido nos solicitar água, combinar assistir o nosso canal pago, esperar a pipoca, aguardar o réfri e desejar tudo mais que a generosidade sugere.
* Na minha porta não tem tapete, todos são bem-vindos, não conheço nenhum Benvindo e, visitando meus vizinhos, sairá decepcionado quem boas-vindas quiser, pois mal-vindo os carrancudos deixarão claro que o ingênuo visitante é.
Um abraço!