O DIA EM QUE O TRAVESTI MAGNÓLIA PARALISOU A FESTA DO IATE CLUBE DE ARACAJU
Durante vários tempos, o IATE Clube de Aracaju foi o clube mais elitizado de Sergipe. Lá participava das festas a nobreza da sociedade sergipana. Pobre entrava para trabalhar em serviços subalternos.
Carnavais inesquecíveis ali foram realizados com presenças de artistas e cantores de fama nacional. Dentre eles, um ficou grudado na cabeça do travesti Magnólia e do povo presente naquela festa em que o citado conseguiu paralisar a brincadeira.
Para conseguir a façanha, Wilson um grande empresário de roupas luxuosas de Sergipe e proprietário da Loja Wilson Gavetão, produziu o travesti com a melhor roupa feminina existente em seu comércio, e para não ficar por fora do evento colocou um terno de primeira linha, para depois seguir até o IATE.
Produzida daquele jeito, Magnólia passou despercebida pelo porteiro e adentrando no recinto chegou a impressionar o público presente. Homens, mulheres babavam por aquele pedaço de mulher. Muitos pensavam que, o empresário Wilson estava lançando mais um modelo da sua loja. Alguns marmanjos jogavam galanteios. Outros pediam autógrafos da nova aquisição empresarial de Wilson. Madames com ciúmes reviravam os olhos para nova vedete e tanto Wilson como Magnólia se divertiam à beça daquele momento prazeroso. Palmas, galanteios, beijinhos, autógrafos e abraços faziam parte da receptividade do casal.
Como nem tudo que reluz é ouro, Magnólia foi descoberta tempos depois de ingerir alguns goles de whisk , e teatralmente desmunhecar.
-É Magnólia! Berrou um frequentador galanteador para susto de todos.
-Não Acredito! Gritou uma rica senhora para em seguida desmaiar.
-Até parecia uma atriz global. Brincou um gaiato.
-Coloca para fora do ambiente. Ordenou um falso moralista.
Gritos de histerismo foram ouvidos. O conjunto musical parou o embalo para verificar a façanha e o Wilson Gavetão e Magnólia foram “convidados”, a se retirar do IATE para depois do alvoroço a festa reiniciar.