o CAIPIRA, O CELULAR E A PORTA GIRATÓRIA DO BANCO
Quem me contou jura de pés juntos que foi verdade...
Arturzinho caminhoneiro disse que certa vez estava em um banco esperando um freguês para o qual iria fazer um carreto.
-Eu estava do lado de fora do banco, ali junto aos caixas eletrônicos, enquanto o freguês resolvia um negócio no interior do banco. Em dado momento apareceu um cidadão tipo roceiro, de chapéu de palha, botinas gomeiras e foi empurrando a porta giratória. A porta travou. Ele fez várias tentativas empurrando a mesma. Em vão, ela não destravava. O guarda disse a ele:
-Para entrar, tem que deixar o celular aqui. Disse apontando para o nicho ao lado da porta.
-O cidadão tirou o chapéu, coçou a cabeça e deu meia volta saindo do banco. Eu pensei que era desconfiança, por parte dele, medo de perder o aparelho. Pouco tempo depois o mesmo cidadão apareceu de novo e deixou o celular no local indicado pelo guarda. A porta travou de novo. O guarda disse que ele portava algo que bloqueava a porta. Aí ele tirou do bolso um enorme canivete “pica fumo”, deixou junto com o celular e finalmente a porta destravou.
-Eu fiquei curioso e resolvi ir atrás do cidadão. Sentei-me ao lado dele e perguntei qual o motivo dele não haver deixado o celular na primeira vez que ele tentou entrar. Ele respondeu:
-O guarda falô que se eu quisesse entrá eu tinha que dexá o celular naquela gaveta lá fora, cumo eu num tava cum ele, eu dexei ele no carro, eu fui lá buscá ele, mode eu podê entrá...
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