A ESCOLARIDADE DO DEFUNTO

     Certo dia toca o telefone e ao atender me comunicam a morte de um familiar. Como este familiar estava em um asilo e tinha os cuidados inclusive meus, de imediato me desloquei para o local para providenciar os trâmites de seu sepultamento.Uma vez tudo providenciado, a última coisa a fazer seria registrar o óbito para aí sim liberar o corpo para o sepultamento. No local onde fiz o registro me foram feitas várias perguntas, mas teve uma pergunta que me causou tremenda estranheza. A pergunta foi: 
     - Qual era a escolaridade do falecido? 
     Ora, qual seria o interesse do burocrata que montou esta série de perguntas e o que poderia influir a escolaridade de um falecido com mais 90 anos? 
     Será que para ter acesso à outra dimensão isto seria importante? 
     Estou a me perguntar até hoje.

Valter Jorge Schaffel
Enviado por Valter Jorge Schaffel em 26/05/2007
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