Armadilhas da Cidade
Vi a garota a passear no calçadão,
Puxei um papo pra poder me aproximar.
Como era lindo o seu corpo escultural,
A saia curta, a blusinha transparente,
Fiquei zarolho sem saber pra onde olhar.
Puxando papo perguntei: Qual o teu signo?
Deu uma risada, me levou na gozação.
Falava rouco com um jeito esquisito
Que não batia com a sua aparência.
Tinha um gogó que aparecia saliente
A cada vez que ela dava uma risada.
Neste momento eu percebi a patuscada
E já previa qual seria a consequência.
Não era virgem, ela era escorpião,
Por muito pouco escapei do seu ferrão.
Cidade grande tem destas armadilhas
Frequentemente caça vira caçador.
Acostumado lá no mato com a família
Não conhecia essa tal modernidade
Onde aparência já não faz nenhum sentido.
Na minha terra a mulher é de verdade,
Dá boa esposa e não tem nada escondido.