Um engenheiro perdido
Toda manhã de férias, por um motivo qualquer, vou pela orla, via de regra, refletindo sem horário. De repente, lá vêm aquelas meninas de praia, da ordem de 20, na forma adequada, à céu aberto, à temperatura ambiente, exibindo saude. Como uma rosca sem fim, enrolo o pescoço, medindo aos pedaços a paisagem ambulante. Lâmina afiada, olhar de punhal, num desejo cortante e esta escrita indireta, me sinto absurdo. Dá para observar e imaginar mas não, para perceber. Passando por elas, corpos suados, energia constante, me restam suas pegadas na areia.
Toda manhã de férias... é tudo muito, muito complicado.
(1998)
Toda manhã de férias, por um motivo qualquer, vou pela orla, via de regra, refletindo sem horário. De repente, lá vêm aquelas meninas de praia, da ordem de 20, na forma adequada, à céu aberto, à temperatura ambiente, exibindo saude. Como uma rosca sem fim, enrolo o pescoço, medindo aos pedaços a paisagem ambulante. Lâmina afiada, olhar de punhal, num desejo cortante e esta escrita indireta, me sinto absurdo. Dá para observar e imaginar mas não, para perceber. Passando por elas, corpos suados, energia constante, me restam suas pegadas na areia.
Toda manhã de férias... é tudo muito, muito complicado.
(1998)