CONCUBINAS FELIZES

Aos puladores de cercas! Nua e crua verdade.

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Nos dias atuais existem certas mulheres, “jovens e bonitas”

que saem em busca de incautos, - os tais puladores de cercas -

pensando em cima de relacionamentos levarem vantagens,

para que venham lucros a obter na entrega de seu belo corpo,

com doçura e amabilidades arranjam um modo de polpudas

pensões receber na certeza que assim nada mais precisarão

fazer até os fins dos dias pois já encontraram um otário que

de agora em diante resto da vida irá lhe sustentar.

Estas mulheres, jovens e bonitas, sem o mínimo acanhamento

resolvem serem concubinas de algum individuo mesmo sabendo

que o dito tem família e filhos para criar, fazem de tudo para agradar

e partem para a conquista, no primeiro sorriso já estão desnudadas

em cima de uma cama, feliz da vida pelo intento alcançado, se dizendo apaixonadas se fazem submissas, mas intimamente vibrando ao seu corpo entregar, pois caiu em suas malhas o “espertalhão” pulador de cercas, mansamente e de todas as formas são possuídas, mas o pensar é um só, aproveitar o sexo para engravidar, não pensam no filho que mais tarde nascerá e sim em obterem pensões, que juntamente com outras vantagens, pois é certo que com alguns muxoxinhos a mais

o garboso riscador fora da caixa, com presentes caros passará seguidamente a lhe presentear. E se não for assim, por vontade própria,

um belo dia se verá em frente de um juiz, sendo enquadrado nas penas da lei, ficando aquele que, um dia quis mudar o cardápio de seu jantar, com carinha de simplório enganado, mas ao bater do martelo, enganado ou não, às vezes, além de suas posses, altas somas tem que pagar.

Eu. Em verdades já disse muitas vezes as minhas amigas que acho

isto uma falcatrua para cima dos pobrezinhos, que só querem comprovar em um leito perfumado e macio sua honorável masculinidade.

Se bem que são merecedores, porque mesmo assim não deixam

de serem ingeridos e ao sentirem sede em vez de buscar em seu

próprio poço a água cristalina, pura, refrescante e saudável que lhe causaria um extasiante bem estar, eles saem a vasculhar por terrenos desconhecidos procurando beber a água salobra em fontes alheias,

que além de lhe deixar na boca um gosto acre, interfere financeiramente em seu bolso, deixando-os lisos como Muçum ensaboado, pois são tantas as despeças não esperada que elas passam a roubar o sono

do libertino, até deitam e em santa paz procuram dormir, geralmente

no sofá da sala, pois ao se saciarem em fontes contaminadas, não merecem mais beber da água límpida e natural que estavam

acostumados, se ajeitam sozinhos enrolados em frios lençóis, permanecendo lagrimosos na noite que se faz longa, arrependidos amanhecem o dia de olhos arregalados sentindo o peso da culpa.

Eu conheço e tenho amigas que agiram e agem assim,

algumas chegam mesmo a ter quatro ou cinco filhos, todos diferenciados, pois são um de cada pai, vivem bem, com carro

na garagem, tudo de bom dentro de casa, me dizem em maliciosos sorrisos que se encontram neste patamar porque se tornaram,

a seu favor, estritamente rigorosas em suas seleções, procurando engambelar os mais abastados, estes por se acharemos donos

da pátria são facílimos de ludibriar repartindo por horas uma cama

com eles, depois, em qualquer tribunal nem é preciso muitos argumentos, me dá o que é meu por direito, por ti fui engravidada,

e como eu não fiz sozinha é mais do que justo me pagar pelos

doce momentos em que adorastes revirar os zóinhos e como tens

a “burra” cheia é sua obrigação o pão de cada dia me fornecer.

Me confessam que isto é um santo remédio, nunca falha,

pois o fulano escolhido é casado e bem quisto perante a

sociedade e por medo de escândalos já comparece diante

do magistrado disposto a aceitar as condições permanecendo

quieto e todo ressabiado.Quando acontece assim, tudo bem, recebidos

os direitos não incomodam mais, só ficam fulas quando aquele que

foi seu provedor para o seu lucrativo embarricar insiste em ter dia marcado para passear com seu próprio filho ou ainda, em fúria viram

uma onça selvagem, ameaçando o pobre com os dentes estraçalhar

quando no final do mês a estabelecida quantia não seja em sua conta devidamente depositada. Me contam que existem barraqueiras, e estas

Deus nos acuda algumas se enchem de não me “toques” e outras

miles coisitas mais exigindo as cuecas do maledito, começam a fazer ameaças, e mesmo não tendo a intenção de junto com o cujo viver, azucrinam pelo prazer de ver o circo pegar fogo, viram umas neuróticas fazendo ameaças e fofocas direcionadas as esposas para que venha

o morfético se separar e depois de separados ele que vá se ferrar, só não pode deixar de a pensão pagar, porque basta um aviso de atraso que a cadeia está a lhe esperar e nisto de-lhe a sofrera família que sem culpa alguma se distorce para a fiança pagar e assim o livrar das grades para que ele continue a trabalhar para as espertinhas sustentar, pagando o erro com o suor, seu e de quem não era merecedor,

a esposa que nele um dia confiou e por isto mesmo com ele se casou.

Eu quero deixar esclarecido que não tenho nada com isto,

não me mete na vida de ninguém, muito menos escrevo isto

com a pretensão que coisas assim venham a acabar.

Cada um sabe o que faz para o seu prover, batalha como quiser

para se manter e se acha certo, que seja o uso do corpo!...

Eu. Nunca entendi porque vim parar nesta ultima existência

com aquela carinha, muito bonitinha, mas igual à de um monge franciscano, onde nela transparece os ares paternalistas e em geral

sou pelas minhas amigas promovido à confidente e foi assim que um dia uma delas passou a narrar suas artimanhas me autorizando com aquela pontinha de desafio que se quisesse, se me considerasse de fato um escritor poderia desenvolver um texto a este respeito, mas que nele fosse acrescentado àquela pitadinha de bom humor, foi-me autorizado inclusive a citar seu nome, mas o meu bom senso aconselhou a não citá-la, assim estaria evitando conflitos pessoais para ela, pois serão muito seus conhecidos que provavelmente este texto irão ler sendo que, em realidades aqueles sem culpa no cartório jamais se incomodarão

e por certo irão dar boas risadas, pois dificilmente alguém não tem

um amigo que embarcou nesta canoa furada, mas eles, os principais interessados, aqueles que bicaram na fruta madura, podem o cabelo eriçar achando-se feridos em seu brios de pássaros depenados

e insensatos quererem destratá-la.

Mas antes de publicar

levei pessoalmente para ela ler

com todo o cuidado antes de me dar seu consentimento.

Disse-me ela entre risadas, que eu estava aprovado e que

os incorrigíveis puladores de cercas deviam ler e absorver

estas galhofas, com elas aprender, me entregando em

bandeja prateada uma reluzente medalha de louvor.

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ELio MoReira -_ Torres -_ RS