Na minha casa, não!
Saí da casa da minha mãe com certa urgência, para morar só. A televisão me incomodava, entre outras coisas, necessitávamos da ausência uma da outra. Um amigo ajudou na mudança, sentia compaixão por mim (pela situação de nenhum poder aquisitivo, a não ser o mínimo do mínimo que ganho para pagar o aluguel), ofereceu-me uma tv. “ Para que vou querer esse tormento?” Ele muito convicto e bem intencionado insistiu: “ mas você vai passar o dia só, é ao menos uma companhia”. Agradeci a gentileza e suavemente recusei o presente: “ Antes só do que mal acompanhada.”