O SUSTO DAS CRIANÇAS

O SUSTO DAS CRIANÇAS!!!

Quando eu tinha 15 anos de idade, morava na casa dos nossos avós maternos e alguns de meus irmãos foram passar as férias lá. A casa ficava a uns 4 km da rodovia Otovarino Duarte que liga São Mateus a cidade Guriri, no estado do Espírito Santo. Hoje não existe mais a casa, tudo foi vendido e a casa que foi construída, nem de longe lembra a casa da nossa infância.

Naquela noite, voltávamos do Rio Preto, povoado que fica próximo a rodovia, pois lá havíamos participado de uma festa de casamento.

Íamos, se me lembro bem, eu, minha irmã Lia, minha outra irmã Lucinete, minha irmã Leida, que é a mais nova das meninas, meu tio Deco e meu irmão Valdemir que tinha na época, uns cinco anos de idade. Ele e Leida iam na frente para mostrar que eram corajosos. Se vangloriavam disto a cada instante. Andávamos sem pressa pois ainda faltava muito para chegar.

No caminho tínhamos que passar dentro de um pequeno trecho de mata e meu tio Deco, muito levado, resolveu provocar a gente contando histórias de terror. Mesmo assim, as crianças seguiram na frente.

Eu sabia que era só lenda, porque o conhecia bem. Quando acabou a mata, ao lado da estrada, havia um colonhão muito alto que nem dava pra ver a casa do tal dono do terreno. A lua estava escura e andávamos juntos, guiados pela areia branca do centro da estrada.

Assustadas pelas histórias de tio Deco, As crianças “corajosas” da dianteira, quando chegaram próximo ao colonhão, quase morreram de susto ao ouvirem um urro assustador. O bicho levantou-se nas duas patas traseiras,do meio do colonhão, no escuro, fazendo uma arruaça danada e gritando muito assim: Inhoóónn Inhoóónn Inhoóónn..

Eles voltaram correndo e passaram por nós a toda velocidade. Valdemir gritava: - Mamãe!!! Os outros correram também.

Eu e tio Deco ficamos parados, rindo muito. Quase fiz xixi nas calças de tanto rir. Pois já sabíamos de quem se tratava. Eles só pararam de correr quando viram que nós, além de não corrermos, ainda ríamos deles.

Era apenas um jumento, que morava na moita de colonhão. O Bicho se assustou com as crianças. Eles não conheciam o animal e nunca haviam ouvido o grito do mesmo. No escuro e assustados, um assustou o outro.

Depois desse episódio, os “corajosos” andaram grudados em nós até chegarmos em casa.

Até hoje não consigo contar esta história sem rir bastante. Chego as lágrimas.

Divirtam-se.

Bjs Nilma |Rosa

Nilma Rosa Lima
Enviado por Nilma Rosa Lima em 20/08/2014
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