Inocência.
Criança quando está muito quieta geralmente está fazendo arte. Mas nesse caso não se tratava disso.
O menino observava no espelho, o olhinho levemente irritado. Notava que aquele pequeno inchaço não era comum e gerou então uma pequena preocupação. Foi em busca de sua mãe que vez ou outra era quem sanava suas inquietações. Procura daqui e dali, depara-se com a ausência, e aquieta-se na esperança de que ela possa orientá-lo mais tarde.
No transcorrer do dia, o bendito inchaço volta a incomodar, e na falta da mãe, o irmão mais velho seria uma boa alternativa para dar o diagnóstico.
Lá vai o caçula todo preocupado mostrar o “zoio” pro irmão que todo cheio dos saberes diz:
- Você não sabe o que é isso?
E com todo orgulho de primogênito explica-o do que se tratava a irritação nos olhos, dizendo ainda que provavelmente ele deixou alguma grávida passar vontade!
Logo que percebe a chegada da mãe. O caçula vai exigir que a mãe marque uma consulta para ele. E ela todo preocupada logo questiona o motivo.
Ele sem hesitar diz: Estou com fimose!
Fimose? Deixe-me ver.
Ao que ele aponta o olho inchado dizendo, meu irmão que me disse!