DAS ÁGUAS ÀS ALGAS
Dentro da sampista seca
Só há restos de represas
Uma dágua que resseca
Outra dágua que verdeja.
Uma se resseca em água!
Outra se verdeja em alga!
Quem resseca nossa água?
Ninguém sabe, ninguém viu!
Quem verdeja a nossa água?
É o adubo que surgiu!
Nunca se viu tal tapete...
Nunca dantes ninguém viu!
A represa é toda verde!
Nunca dantes no Brasil!
Uma tal água ecológica
De tom bem primaveril!
Outra água é qual deserto
Toda toda... ressequiu!
E às águas castigadas...
Não se vê mais solução:
Ou se educa a moçada
Ou se gasta só milhão!
E o povo a contra gosto
Seque desabastecido
Sem ter folego no bolso
Num espaço esquecido.
Então vamos bombear
Nossa última esperança
Reviver volume morto
Que já faz outra gastança!
E pra se morrer de sede...
Gastaremos um dinheirão!
Já a sujeira do tapete...
Mais parece um gramadão!
Não o gramado hidratado...
Lá do nosso Itaquerão!
Lá a grama cresce farta
Com inédita hidratação.
No subsolo da engenhoca...
Tem até refrigeração!
Grama verde e só frondoza!
Como a FIFA fez questão.
Dias inacreditáveis!
Pedem por muita oração...
Já de goela ressecada
Peço água ao Pedrão.