Carta entre amigas em tempos de Face...
"Querida Mutinha,
Tô te escrevendo na pressa, é que o bagulho é sério e não convém vacilar. Tu lembra daquele negócio que eu te disse, do Antônio Zebedeu? Pois é, minina, a coisa fedeu e foi crescendo, quando eu me espantei... rapaz! Num te disse?! Nem foi o grito! Mutinha, a vida é muito louca, a gente tem de aproveitar as chances antes do homem da foice chegar. Tá certo que outro dia bateram na porta da vizinha, era a polícia, que depois veio bater aqui, e eu agoniada, já pensou? Num tenho nada com isso, mas deu um frio no espinhaço, quem tem PI tem medo, tu bem sabe... Pois é, aquele negócio ainda está armado, um dia sai, só não sei quando. Tá certo, Mutinha, paro por aqui porque este assunto está ficando complicado, não quero te revelar o de Antônio Zebedeu, mas acho que tu até já sabe o que eu queria te dizer, tu sabe que eu sou tímida. Ah, antes que eu me esqueça: Maria de Pitinha pediu pra tu passar lá na Teresa, faz tempo que ela num te vê e parece que tu ficou de pagar uma conta, num sei, tu que sabe...
Bom, era só isso. Um abraço e um chêro,
Zefinha do Lira."