A ÁGUA "RETRÔ" DA VOVÓ

Já faz algum tempo que venho escrevendo sobre a água.

Não me refiria, a princípio, àquela água das torneiras atualmente secas, a que já ameaça sumir do nosso "planeta" do dia- a- dia, mas sim ao custo extrapolante das águas minerais, aquelas envazadas, que alguém adepto do capitalismo selvagem teve a ideia de comercializar como produto "seu" a título de vendagem ao outro, nas antiecológicas embalagens PETs.

Faz tempo que a água está caríssima em bares, restaurantes e supermercados, inclusive mais cara que a gasolina, outro produto que daria um compêndio de lamentações entre nós.

Diante de tal caristia, confesso que me veio um ideia sustentável de decoração retrô, já que admiro muito a arte de decorar, principalmente com objetos do passado.

Lembrando que decorar a casa é como gerenciá-la: ambas ciências são " a cara do dono".

E nada mais retrô para um bem finito e indispensável como a água, que nos reportemos à farta (não à falta de!) água dos tempos da vovó.

Lembram daquele filtro de barro? Quem não conheceu um?

Pois é, dizem ser o nosso filtro brasileiro o mais seguro do mundo, e isso não é estatística dos gestores de água não! Porque é verdade.

Bem, então pensei: se a água da SABESP, aquele produto retrô bem de antigamente, também nos garantem os técnicos ser a mais potável do mundo urbano-pronto!-dentro dum filtro de barro mais seguro do mundo eu resolveria em dobro a segurança do abastecimento de água potável lá de casa dentro dos custos da conta mensal de consumo da Sabesp, ok? Que não é nada barata!

Só que a minha ideia do filtro surgiu quando o sistema Cantareira ainda tinha muita água. E agora?

E como resolver a difícil questão de se encher um filtro de barro com a torneira vazia?

Só um gestor qualificado em "águas passadas" para resolver essa minha questão matemática (e de sobrevivência, aliás!) do conteúdo versus continente.

Enquanto isso, com água PET mais cara do mundo num país campeão do mundo em quantidades de águas potencialmente potáveis, (isso se os mananciais fossem preservados e se educasse a população!), atualmente com a represa vazia, sigamos ao menos torcendo para que a Petrobras ressuscite para que possamos nos abastecer com PETs do petróleo, atualmente bem mais em conta do que não se morrer de sede pelas grandes cidades.

Beber álcool nem pensar! Respeitemos a lei seca das estradas e agora das represas, hahaha.

E se a matéria prima do filtro é o barro, bem, o sistema cantareira a tem de sobra!

Segue a ideia do filtro: compremos um desses exemplares retrô chiquérrimos e aguardemos até que nos desçam as bençãos da chuva.

Amém.