Xô, chuá; cada macaco no seu galho...

Avestruz

Credo em cruz

Tanta asneira

que não passa na peneira

Dá-me engulhos

tantos embrulhos

na falta da gramática

deixa-me a vida mais dramática

Ler baciadas de és, mim, de, seu, da, tua

misturadas como um cérebro explodido na rua

Me deixa perdida em vertigem louca

Com gosto de guarda-chuva na boca

Valha-me Deus de misericórdia

Desvencilha-me da mixórdia

Dum texto mal calculado nas escritas

Com excessos de junções malditas

Emburreço sempre um bocado a mais

Quando dou de cara com erros boçais

Fico em frangalhos, um lixo

Quando leio algo escrito por um bicho

***

23/04/2014

Márcia Magal
Enviado por Márcia Magal em 23/04/2014
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