Texto para Monólogo: Carta à Senhora Solidão
(Início da cena: Pessoa sentada escrevendo. Aos poucos durante a cena, o ator (atriz) levanta-se e interpreta como se a Solidão estivesse presente no local. Ao término, senta-se e termina como no começo, escrevendo.)
Olá, Senhora Solidão
Pela primeira vez te escrevo em missão de paz. Por muito tempo (acho que a vida toda!) só reclamei do mal que a Senhora faz. Não me entenda mal, por favor... Mas é que um equilíbrio é necessário em qualquer relação.
Quando a Senhora vem, é folgada demais. Vem, tira os sapatos, não bate na porta, dorme na minha cama, não para de falar, não me deixa dormir, faz sujeira e não sabe a hora de ir embora.
Calma! Não estou querendo te ofender! Só quero que entenda que gosto de receber sua visita de vez em quando, mas nem tanto!
A sua presença me traz inspiração. Quando tu vens, abro meu coração. A Senhora até que é boa conselheira. Talvez tu sejas a ‘pessoa’ que mais me ajuda a escrever.
Eu sei, eu sei... Sempre te repudiei. Peço perdão. A verdade é que estou com uma pitada de saudade!
Venha qualquer dia bater um papo, dar um abraço (não apertado!), me ajudar a escrever uma prosa, uma poesia, um relato.
Mas NÃO tire os sapatos. Minha casa não é pensionato. Tome um café, faça companhia, mas vá embora rápido. Combinado?
Não quero parecer mal educado (a), mas é que também preciso fazer sala para o Amor e para as Amizades. Preciso fazer exercícios, trabalhar, sair um pouco de casa.
Sei que com o Amor e as Amizades o seu santo não bate. É só chegar algum deles que a Senhora some. A Senhora é muito antipática!
Desculpe! Desculpe! Não fique de cara emburrada. Só te aviso porque o Amor está morando aqui em casa!
É por isso que a sua visita precisa ser rápida!
Espero que não fique magoada!
(Às vezes o Amor me sufoca! Sinto às vezes a sua falta!)
Atenciosamente,
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Atenção, ao reproduzir a cena, não esqueça de citar a autoria. Texto registrado. Boa sorte! Merda!
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