MEU HÓMI - POESIA // HUMOR

Nas reuniões ( brincadeiras ) da mocidade na minha igreja,

minha irmã Neinha costumava recitar esta poesia, cuja autoria

desconheço. Mas a gente se divertia muito.

Recitada com as devidas caras e bocas, é uma delícia!

Meu hómi

Autor desconhecido

Nesti mundo toda a genti,

Vancês há de acertamente

di cumigo aconcordá.

Só fala mesmo dereito

daquilo qui tá nu peitu,

qui lhi dá gostu ou

lhe consómi.

Pois eu falu du meu hómi!

Du qui havéra di falá?

Pras muié besta ou sabida

é u hómi qui faz qui a vida

seja uma praga ...ou um vidão!!!

Meu hómi usa bigódi.

As moda diz qui num pódi

Mas dêcha as moda falá

Bigodi dá fidarguia !

I minha vó sempre dizia

qui bejo sem tê bigódi é

feito sopa sem sá.

Meu hómi fala bunito!

Prozá feitu êli, ninguém!

Eu sei qui às veiz tá mintindu...

mais êli minti tão bem

qui eu sem querê vô ingulindu

I afinar sempre aquerditu qui

razão êli é qui tem.

Meu hómi ronca drumindu !

Pareci inté um trovão !

Tem genti qui issu arrilia...

Eu chegu a achá roncu lindu !

I é mió roncá drumindu, du qui

Ficá todu u dia a lhi aturá roncação.

Minha nossa sinhora da Penha,

Minha nossa sinhora do Ó!

Pras ôtra tem tantus hómi...

Mi decha u meu pra mim só!

Esther Lessa
Enviado por Esther Lessa em 15/03/2014
Reeditado em 15/03/2014
Código do texto: T4730232
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