Mais causos - todos verídicos

Mesmo com idade avançada, o senhor Valério não deixava de frequentar a missa dominical. Em certa oportunidade sentei-me ao seu lado e ouvi o mesmo cantar com voz de barítono a cantiga religiosa (que até hoje não sei o título), e que tem um verso que diz “Eu confio em Nosso Senhor, com fé esperança e amor”. E não pude deixar de rir, já que o respeitável senhor cantava: ‘Desconfio’ de Nosso senhor...

Nessa mesma linha, contou-me uma respeitável senhora que sua tia, também de bastante idade e que já partiu para o andar de cima, que, embora suas filhas a corrigissem o tempo todo, também provocava risos quando entoava ‘Maria me cativou’, já que a inocente pronunciava Maria me ‘castigou’.

Ao visitar o casal amigo de longa data e que estavam reformando a residência, a anfitriã começou a mostrar os trabalhos que estavam sendo realizados e soltou essa: - Aqui vai ser a ‘ridícula’. Por pura fatalidade a visitante era do ramo imobiliário e percebendo que a amiga havia cometido um pequeno engano ao se referir à ‘edícula’, comentou com uma ponta de ironia: - Sua ridícula não vai ficar ridícula como a da minha cunhada...

Após a missa de Quarta-Feira de Cinzas, um cidadão ficou incumbido de pedir ao padre uma pequena quantidade de cinzas para os membros da família que não puderam se fazer presentes ao ritual. Como não tinha levado nada que pudesse servir de ‘embalagem’, sugeriu que colocasse a cinza dentro da sua carteira de cigarros que continha ainda umas 10, 12 unidades. E o padre não perdeu a oportunidade de fazer uma sacanagem. Foi ao banheiro e jogou água da torneira dentro da carteira e disse: - Como não temos mais cinzas, joguei água benta nos cigarros... É só aproveitar as cinzas dele que vale da mesma forma.

Difícil mesmo deve ter sido explicar isso para a família, já que os cigarros ficaram danificados.