ECOS DE UM MUNDO NADA PERFEITO

ECOS DE UM MUNDO NADA PERFEITO

(Autor: Antonio Brás Constante)

Para quem ainda não sabe, um novo mundo surgiu em meio à realidade dos acontecimentos, ficando conhecido como um mundo nada perfeito. Um lugar de total ficção, mas que para desespero geral, trata-se de uma ficção pintada com tintas extraídas das mais sombrias seivas da realidade (outros detalhes em: www.abrasc.pop.com.br - texto: UM MUNDO NADA PERFEITO).

O lugar ao qual estou me referindo foi batizado com o nome de Jangadas do Rio Podre e anda tomado pela violência, onde até os laticínios andam sofrendo latrocínios. São tantos ladrões nas ruas e arranha-céus que eles já nem conseguem mais definir quem é colega e quem é vítima. Alguns dizem que os políticos deste lugar seriam excelentes salva-vidas, pois vivem tirando o corpo fora, procurando salvar a si mesmos de se afogarem nas gigantescas ondas de denúncias tsunamicas que assolam todo universo de Jangadas.

Um lugar onde a vida é um jogo, mas principalmente o jogo se tornou um grande meio de vida, que choca a população e enriquece com milhões de dólares juizes e desembargadores, envolvidos em assuntos podres. Porém, nada é tão ruim que não possa piorar, pois no meio da cidade surgiram diversos tremores que fizeram o povo calar. Do nada a terra se abriu e uma obra de milhões, feita com total descaso, modificou a geografia do lugar, inserindo em sua topologia uma imensa cratera, mais parecida com a boca de uma imensa fera ferida. De quem é a culpa? Só uma investigação poderá apurar. Quem sabe até lá, uma nova desgraça aconteça requerendo de todos a sua atenção, apagando das lembranças a outrora tragédia sem que haja qualquer punição.

Os escândalos envolvendo personalidades de Jangadas são assunto no mundo inteiro, como no caso de um homem religiosamente honesto, porém doente, que era obrigado a medicar-se e isso que lhe causava desagradáveis efeitos colaterais em forma de desvios na sua ilibada conduta. Algo insignificante, mas que lhe provocava um desejo incontrolável em adquirir, por exemplo, novas gravatas, sem se lembrar de pagar por elas. Pobre homem rico. Vítima não somente da doença, mas principalmente de comentários jocosos sobre si vindos das entranhas da sociedade. Verdadeiras calúnias, já que este ilustre indivíduo possuía dinheiro de sobra para comprar quantas gravatas quisesse, provando por essa lógica, que não deveria ser considerado um ladrão.

Pensando assim, talvez o próprio PCC em nossa realidade brasileira também seja apenas uma vítima de compulsão, impulsionando-o a querer tomar coisas que não são suas. Se for levado em conta que, a cada dia descobrem novas fortunas do grupo espalhadas por todos os recantos do país. Pode-se presumir por analogia ao caso anterior, que se eles já tem tanto dinheiro, igualmente não precisariam roubar. Pois todos sabem que ladrão é aquele que rouba por não ter condições de comprar (desvalidos sociais). Sendo assim a sigla PCC deveria significar na verdade: “Pessoas Combalidas e Compulsivas”. Necessitando também de tratamento médico como o famoso colecionador de gravatas, e não de prisão.

Enfim, a derradeira verdade para se entender o que se esconde por trás deste mundo nada perfeito, consiste em saber distinguir a mentira da história apresentada como real, pois A GRANDE DIFERENÇA ENTRE A MENTIRA E A HISTÓRIA, É QUE A MENTIRA É UMA HISTÓRIA BEM CONTATA, ENQUANTO A HISTÓRIA É UMA MENTIRA BEM CONTATA.

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Antonio Brás Constante
Enviado por Antonio Brás Constante em 28/04/2007
Código do texto: T467596