A MODA DO FACEBOOK

Antigamente o vicio dominante era a PINGA. O pinguço era uma pessoa engraçada que bebia até cair, falava sozinho, muitas vezes coisas sem nexo e não largava a “marvada” por nada. Assim surgiu A MODA DA PINGA, composta por Raul Torres e imortalizada por Inezita Barroso.
Hoje o vício vai muito além da inocente PINGA, mas tem um, que apesar de não ser por droga, aproxima-se muito ao vício da pinga e está atingindo a todos os seguimentos da sociedade: são as redes sociais, principalmente o Facebook (a pinga moderna)
Aí eu pensei como seria a moda da pinga, adaptada aos vícios cibernéticos e saiu esta versão:

Com a marvada net é que me atrapaio
Eu entro na rede e ali não faio
Eu pego no feice e dali não saio
Ali memo eu fico, ali memo incaio
Só pra disligá é que eu dô trabaio. Oi lá.

Venho do trabaio, venho navegando
Trago um ismarte fone que venho cricando
Venho pros caminho feicibuquiando
Curtindo os amigos e compartilhando
Quando chego em casa é que eu me disando. Oi lá.

A muié me disse, ela me falô
Larga desse trem, peço por favô
Prosa de muié nunca dei valô
Eu entro na rede só pra mode opô
E só largo dela quando eu me fô.  Oi lá.

Toda vez que eu entro, entro deferente
Eu vorto pra tráis, dipois vô pra frente
Entro divagá, entro derrepente
Quando entro com pressa, vou deretamente
Mas sendo na rede eu entro contente. Oi lá.

Eu pego no mause e já manuseio
Que é pra mode vê se eu me disanseio
Não entro de veiz pra não ficá feio
No primeiro saite entro com receio
Do segundo em diante é que eu disinfreio. Oi lá.

Eu entro na rede pro que gosto dela
Eu entro sem medo, entro sem cautela
Eu entro na porta, entro na janela
Eu entro sem chave, entro sem tramela
Seja em quarquer tempo eu tô sempre nela. Oi lá.

Eu fui numa festa lá no rio Tietê
E la fui chegando fiz um fuzuê
Lá não tinha nada pra mim fazê
Não tinha internet não tinha tevê
Então dero pinga pra mim bebê.
Vou fazê o que?

Eu bibi dimais e fiquei mamado
Eu caí no chão e fiquei deitado
Eu voltei pra casa de braço dado
Ai, de braço dado com dois sordado.
Ai, muito obrigado.