ROMPENDO O LACRE

ROMPENDO O LACRE

Para não ser grosseiro prefiro não dizer “tirando o cabaço”. Mas, a expressão é esta mesma quando violamos um lacre. Um termo meio chulo para se abordar num texto que tem a pretensão apenas de divertir.

Algumas pessoas dizem que faz até um barulhinho, outros dizem que preferem que alguém tome esta atitude para não se machucar ou machucar alguém, afinal pode não ser uma experiência muito agradável, especialmente para o “sexo frágil”. Quando se trata de alguém que amamos prefiro tomar a frente, mesmo que doa um pouco, mas para o homem é mais fácil.

Há muito tempo atrás minha então namorada sentia um desejo insaciável e pediu para eu faze-lo com muito carinho para não ferir parte do corpo que tem sensibilidade tátil muito aguçada, especialmente para mim que uso para provocar sensações tão particulares.

Coloquei um pouco de saliva na pontinha da língua e lubrifiquei de baixo para cima, só um pouquinho para não alterar o gosto posteriormente, pois, logo estaria em minha boca me deliciando e matando a nossa sede: eu também estava morrendo de vontade. Fui forçando bem lentamente até sentir que, embora bem rígido, bem rígido mesmo, ia cedendo pouco a pouco até que por fim, rompeu. Senti um alívio por parte dela que pensava que poderia ser mais doloroso, senti também uma alegria em ver que o papel do “macho” era cumprido com maestria e segurança, isto nos dá um alívio e uma sensação de autoafirmação incrível.

Em contra partida, ela já quase saciada, falou: amor, agora é a sua vez de gozar este prazer, pode coloca-la na boca até com mais voracidade que podemos repetir a dose. Agora se delicie enquanto eu relaxo um pouco na cama com este calor vulcânico que mais parece que vou ferver. Pois bem, fui primeiro com a língua, bem devagar e bem no centro colocando os lábios nas laterais, já estava bem molhadinha, e fui recebendo aquele líquido maravilhoso que certamente veio do céu e me satisfazia aos poucos, era uma prazerosa sensação de saciedade que vinha das minhas mãos e acabava na minha boca, sobretudo porque não era unilateral, pois, minha namorada também sentira aquela mesma volúpia segundos atrás. Fui bem fundo, cada vez mais rápido até que chegou ao fim, sugando até a ultima gota. Era quase como se não acreditasse que toda aquela sede já não existia mais, pelo menos naquele momento. Mas, tenho certeza que logo mais, toda aquela vontade voltaria e talvez com mais intensidade. Acabou. Talvez esta seja a parte mais dolorida de todo o processo: amassar a garrafinha de água mineral bem fortemente nas mãos, mirar o cesto de lixo, dizendo: “olha que sexta perfeita!” e errar o alvo. Isto é realmente muito doloroso, fazer tudo certinho, romper o lacre que estava bem duro, matar a sede e errar o grand finale: O arremesso.

M. C. MEIRA. 14/01/2014

MAERSON MEIRA
Enviado por MAERSON MEIRA em 14/01/2014
Reeditado em 15/01/2014
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